quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Iphan certifica três línguas como Referência Cultural Brasileira

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) certifica, nesta terça-feira (18), as três primeiras línguas - o Talian, o Asurini do Trocará e o Guarani Mbya - reconhecidas como Referência Cultural Brasileira, que passam a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL).

Os certificados serão entregues a representantes das três comunidades durante o Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística, que acontece até 20 de novembro em Foz do Iguaçu (PR).

O reconhecimento dos três idiomas teve como ponto de partida um projeto piloto, realizado com base em pesquisas, entre 2008 e 2010. Teve como referência a quantidade de pessoas que utilizam a língua, além da relevância para a memória, história e identidade dos grupos falantes.

Falado na Região Sul do Brasil, o Talian é a língua utilizada por parte da comunidade italiana que chegou ao país ainda no século XIX, com influência de língua vêneta (do norte da Itália). É considerado patrimônio histórico e cultural dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Da família linguística Tupi-Guarani, o Asurini do Trocará é a língua falada pelo povo indígena que vive às margens do Rio Tocantins, no município de Tucuruí (PA).

A segunda língua indígena reconhecida é o Guarani Mbya, uma das três variedades da Língua Guarani (além do Nhandeva e o Kaiowa), utilizada por comunidades que vivem na faixa litorânea que vai do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.

Criado em dezembro de 2010, o INDL tem como função preservar as línguas brasileiras de cunho indígena ou imigrante.

Para que uma língua seja reconhecida e passe a integrar o INDL, ela precisa ser falada em território nacional há, pelo menos, três gerações, o marco temporal é em torno de 75 anos.

A solicitação de reconhecimento é feita por meio de um pedido de inclusão no INDL para o Iphan. O requerimento é analisado por uma comissão técnica, que encaminha sua decisão para a sanção do Ministério da Cultura (MinC).

A comissão técnica é composta por representantes dos ministérios da Cultura, Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Justiça e Planejamento.

No caso dessas três línguas, a aprovação da comissão técnica ocorreu no último dia 9 de setembro.

Assessoria de Imprensa do MinC
Com informações do Iphan

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