quinta-feira, 19 de junho de 2014

Bolos Juninos, o sabor do São João

Tem algo mais gostoso que os bolos preparados neste são joão! Pensando nisso, separamos os tipos de bolos que fazem sucesso no período junino (e em todo ano), para inspirar vocês. Que tal usar nossa dica para receber os amigos e famíliares no dia de São João, 24 de junho.
Bolo de Milho Verde, Pé de Moleque, de Macaxeira e o Souza Leão (tipicamente pernambucano) vão deixar a sua mesa ainda mais no clima desse período. Conheça um pouco da história desses bolos e quais os ingredientes utilizados para faze-los!!

Bolo Pé de Moleque
De origem lusitada, o bolo pé de moleque sofreu influências indígenas ao ser introduzido no Brasil. O nome vem das malandragens dos moleques de rua. Em seu País de origem, ele é composto de melaço, açucar, manteiga, farinha de trigo, frutas secas, café e especiarias. Na receita pernambucana, a presença dp melaço (mel) foi mantida e a farinha de trigo foi substituída pela farinha de mandioca. As especiarias permaneceram e às castanhas de caju entraram no lugar das frutas secas.

O resultado é um produto feito de massa de mandioca, açúcar, leite de coco, ovos, manteiga, castanhas de caju moídas, erva-doce e cravo, decorado com castanhas inteiras e assado no forno.

Curiosidade: No Sudeste, o pé-de-moleque é o nome de um doce feito com açúcar e amendoim.



• Bolo de Milho Verde
O Bolo de Milho Verde é um alimento tipicamente indígena, não só dos índios brasileiros, mas também das três Américas. No Brasil, a origem do milho está ligada a uma lenda Guarani. Diz a lenda que dois guerreiros Guarani procuravam alimento para a família, dai apareceu um enviado de Nhandeiara, o grande espírito, dizendo que a solução do problema seria uma luta entre os dois guerreiros, quem moresse seria sepultado e de sua sepultura nasceria uma planta que alimentaria a todos. Os dois lutaram e o guerreiro Avati morreu. De seu sepultamento nasceu o milho, que em tupi chama-se avati.

No Nordeste brasileiro, o ciclo vegetativo do milho coincide com as festas de São João. Do milho é feiro o bolo de milho, a pamonha, a canjica e o milho assado ou cozindo. Do milho também se faz a pipoca, o cuscuz, o mangunzá, xerém, etc.

O bolo é feito com espigas de milho verde ou duas latas de milho em conserva, óleo, lata de leite condensado, ovos, farinha de trigo e fermento em pó

Curiosidade: O Bolo de Milho Verde é um alimento tradicional que os Guaranis costumam preparar no batismo das crianças


Bolo Souza Leão
O Bolo Souza Leão Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Pernambuco desde 2008.Elé é considerado a primeira receita legitimamente pernambucana. A criação do Bolo Souza Leão é de Rita de Cássia Souza Leão Bezerra Cavalcanti que querendo valorizar os ingredientes de sua terra, decidiu substituir os ingredientes que se usava para fazer bolo na época, a maioria vindos de Portugal, por elementos regionais.
Casada com o coronel Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti, senhor do Engenho São Bartolomeu, no povoado da Muribeca, município de Jaboatão. Trocou trigo por mandioca, manteiga francesa pela feita na própria cozinha. Cozinheira exímia, bolos oferecidos a Dom Pedro II, Dona Tereza Cristina e sua comitiva, quanto a família real esteve em Pernambuco, em 1859. Cada ramo da família acredita guardar a receita original do famoso bolo.
Existe várias receitas ensinando a fazer o Bolo Souza Leão, mas todas elas com os memos ingredientes,que são, gemas, leite de cocô puro, açúcar, massa de mandioca, manteiga.

Curiosidade: A receita original do “Bolo Souza Leão” é reivindicada pelos diversos ramos da família Souza Leão espalhados por Pernambuco - os descendentes da família Souza Leão são provenientes de onze engenhos do Estado - e provavelmente nunca teremos certeza de qual receita é realmente a original. Gilberto Freyre, em seu livro “Assucar”, escreve: “Consegui várias receitas desse manjar, mas todas se contradizem, a ponto de me fazerem duvidar da existência de um bolo Sousa Leão ortodoxo [verdadeiro]. Consegui-as quase como quem violasse segredos maçônicos”. (Freyre, 1987, p. 77). Mas isso não é motivo para você chorar, e sim para comemorar, afinal, existem várias receitas do “Bolo Souza Leão” e todas elas são muito saborosas.


Bolo de Macaxeira
A macaxeira, denominada aipim no sul-sudeste, é uma raiz da mesma família da mandioca (algumas vezes denominada mandioca brava, no norte). É um dos mais importantes fatores alimentícios da população regional. É amplamente usada na fabricação de diversos tipos de "farinha seca", de coloração branca (a mandioca -mandioca brava- é usada para fabricar a denominada "farinha d'agua", de coloração amarelada). É comida cozida, frita ou sob a forma de diversos tipos de bolos e doces.

O resultado é um produto feito com macaxeiras, açúcar, manteiga, leite de coco, leite, farinha de trigo, ovos e coco ralado

Curiosidade: Mandioca, de nome científico Manihot esculenta, é um arbusto originário dos Andes peruanos. Possui muitos sinónimos, usados em diferentes regiões, tais como aipi, aipim, aimpim, candinga, castelinha, macamba, macaxeira, macaxera, mandioca-brava, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, moogo, mucamba, pão-da-américa, pão-de-pobre, pau-de-farinha, pau-farinha, tapioca, uaipi, xagala.

Com informações da Assessoria
Da redação Caruaru360Graus

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