sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Falta de verba suspende atividades da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música

As atividades da Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música estão suspensas por falta de verba. E é improvável que retorne aos ensaios e concertos ainda em 2013.

A orquestra, formado por 80 pessoas, sendo 70 músicos, sofreu duras perdas financeiras neste ano, que marca a oitava temporada de concertos sinfônicos e o nono ano de sua fundação.

Primeiro, o Governo do Estado cortou a verba de R$ 690 mil, recebidos no ano passado, para R$ 350 mil, alegando cortes de gastos por conta da seca.

Depois, a Chesf cortou o patrocínio de R$ 400 mil que repassava anualmente. Não só a Orquestra foi prejudicada, como vários outros patrocínios culturais do órgão.

Os R$ 350 mil garantidos pelo Governo do Estado dariam para fazer uma temporada sinfônica mais curta, o que estava programado. Foram oito meses de ensaios, com os músicos gastando dinheiro com a manutenção dos instrumentos, mas a verba ainda não foi liberada.

Na terça-feira, o maestro José Renato Accioly tomou a decisão, junto com o CPM, de suspender as atividades até que haja verba para manter a Orquestra. “Não dava mais. Foi uma decisão nossa. Isso porque na sexta-feira passada fomos informados que não seria mais possível fazer o repasse para a associação que paga as contas da Orquestra, porque houve uma mudança na lei sobre repasse para associações sem fins lucrativos. Terá que ser feito um edital, o que não nos dá tempo hábil para fazer o circuito sinfônico deste ano”, lamentou o maestro.

A Orquestra chegou a se apresentar duas vezes neste ano. Uma no festival Mimo e outra no Festival de Inverno de Garanhuns. Mas o circuito sinfônico é a espinha dorsal da Orquestra, que contribui para a formação de músicos de alta qualidade e para a formação de plateia de música sinfônica em todo o estado. Em 2010 a Orquestra Jovem foi selecionada no edital nacional da Petrobras.

Ao longo das oito temporadas foram mais de 200 apresentações. “No ano passado fizemos 35 concertos. Inclusive viajamos para o Sertão. Apesar da seca que afeta a região, conseguimos levar para lá um pouco de música”, contou José Renato.

Mobilização – A direção do CPM junto com a Secretaria de Educação, a quem o órgão é submetido, ficaram responsáveis por encontrar uma solução para o impasse burocrático. Enquanto isso, integrantes e ex-integrantes da Orquestra se mobilizam. Pelo Facebook, fala-se em um concerto em protesto ao entraves burocráticos.

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