A orquestra, formado por 80 pessoas, sendo 70 músicos, sofreu duras perdas financeiras neste ano, que marca a oitava temporada de concertos sinfônicos e o nono ano de sua fundação.
Primeiro, o Governo do Estado cortou a verba de R$ 690 mil, recebidos no ano passado, para R$ 350 mil, alegando cortes de gastos por conta da seca.
Primeiro, o Governo do Estado cortou a verba de R$ 690 mil, recebidos no ano passado, para R$ 350 mil, alegando cortes de gastos por conta da seca.
Depois, a Chesf cortou o patrocínio de R$ 400 mil que repassava anualmente. Não só a Orquestra foi prejudicada, como vários outros patrocínios culturais do órgão.
Os R$ 350 mil garantidos pelo Governo do Estado dariam para fazer uma temporada sinfônica mais curta, o que estava programado. Foram oito meses de ensaios, com os músicos gastando dinheiro com a manutenção dos instrumentos, mas a verba ainda não foi liberada.
Na terça-feira, o maestro José Renato Accioly tomou a decisão, junto com o CPM, de suspender as atividades até que haja verba para manter a Orquestra. “Não dava mais. Foi uma decisão nossa. Isso porque na sexta-feira passada fomos informados que não seria mais possível fazer o repasse para a associação que paga as contas da Orquestra, porque houve uma mudança na lei sobre repasse para associações sem fins lucrativos. Terá que ser feito um edital, o que não nos dá tempo hábil para fazer o circuito sinfônico deste ano”, lamentou o maestro.
A Orquestra chegou a se apresentar duas vezes neste ano. Uma no festival Mimo e outra no Festival de Inverno de Garanhuns. Mas o circuito sinfônico é a espinha dorsal da Orquestra, que contribui para a formação de músicos de alta qualidade e para a formação de plateia de música sinfônica em todo o estado. Em 2010 a Orquestra Jovem foi selecionada no edital nacional da Petrobras.
Ao longo das oito temporadas foram mais de 200 apresentações. “No ano passado fizemos 35 concertos. Inclusive viajamos para o Sertão. Apesar da seca que afeta a região, conseguimos levar para lá um pouco de música”, contou José Renato.
Mobilização – A direção do CPM junto com a Secretaria de Educação, a quem o órgão é submetido, ficaram responsáveis por encontrar uma solução para o impasse burocrático. Enquanto isso, integrantes e ex-integrantes da Orquestra se mobilizam. Pelo Facebook, fala-se em um concerto em protesto ao entraves burocráticos.
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