O dia da habitação deve servir para nos lembrarmos não só da
importância de se ter um lar, mas da infelicidade das pessoas que não
conseguem ao menos exercer um de seus direitos básicos: o de ter um
lugar para morar.
Grande parte da população de baixa renda fica à margem do mercado
imobiliário legal, não tendo outra alternativa senão buscar formas
irregulares de habitação ou ocupação do solo. Apesar de o governo abrir
programas de financiamento habitacional para acesso à casa própria,
muitos não possuem os meios necessários para arcar com os custos desses
financiamentos e são obrigados a ocupar loteamentos clandestinos.
Além destes tipos de moradia, existem os domicílios particulares
improvisados, ou seja, localizados em unidade não-residencial (loja,
fábrica, etc.) que não tinham dependências destinadas exclusivamente à
moradia, mas que estão ocupados por morador. Isso inclui também os
prédios em construção, vagões de trem, carroças, tendas, barracas,
grutas etc.
No desespero por um "teto", inúmeras pessoas prejudicam o meio
ambiente e se arriscam, diariamente, ao fixarem residência em encostas
de morros (como no Rio de Janeiro e na Bahia), à beira de lagos e
represas e em outros locais igualmente perigosos.
Em 1964, o governo federal criou o Sistema Financeiro de Habitação
para facilitar a aquisição da casa própria. Administrado pelo extinto
Banco Nacional de Habitação (BNH), o sistema favorece,
preferencialmente, famílias de baixa renda.
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