A hanseníase, anteriormente era conhecida como lepra, termo hoje
considerado pejorativo. O Brasil foi pioneiro na substituição do termo
lepra por hanseníase, numa tentativa de livrar a doença do estigma
historicamente inerente a seu nome, fortemente vinculado ao preconceito
social. O Dia Mundial do Hanseniano, 29 de janeiro, foi criado para
eliminar o preconceito e estimular a inclusão social do portador.
Ainda hoje continuam a existir discriminações que dificultam a
reabilitação e inclusão social, desestimulando o portador a prosseguir
no tratamento, que registra altos índices de cura. A doença ainda é
associada a passagens bíblicas, em que os leprosos perdiam dedos das
mãos e dos pés, e as pessoas não esquecem isso.
A hanseníase não é nenhum "bicho papão", tem cura e atualmente, o
tratamento dura em média, de seis a 12 meses. Desconfiar de manchas e
dormências ajuda no diagnóstico precoce e afasta o perigo de seqüelas,
que vão desde insensibilidade da pele, atrofia muscular, deformidade nas
mãos e nariz que surgem depois de anos com a doença.
Ninguém nasce com hanseníase. Nem fica doente com um abraço, aperto de
mão. Há três tipos de doença. A forma contagiante sim é perigosa, pois o
infectado elimina bacilos de Hansen pelas vias respiratórias. No
entanto, bastam duas semanas de tratamento com supervisão de agentes de
saúde, e o perigo de contaminar outras pessoas acaba.
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