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Cristo, de Dantas Suassuna. (Foto: Dantas Suassuna / Divulgação) |
Adro significa aquilo que antecede, que chega antes de ser criado ou não. E é pela sala branca da mostra que o espectador deve começar a visita, onde estão desenhos e esboços de pinturas. Depois vêm os cadernos de anotações e muita coisa em construção, até chegar nas esculturas de cerâmica, material que veio de Tracunhaém, na Mata Norte pernambucana. O artista já manteve na cidade o ateliê Olaria Ocre.
Adro também significa uma área externa, em geral cercada, das igrejas. O processo criativo de Dantas Suassuna está intimamente ligado ao sagrado. Homens e mulheres, pinturas rupestres, pedras, paisagens. E muitas cruzes e muitos cristos. A mostra tem cem cruzes, 13 cabeças feitas de cerâmica com imagens de homens e uma escultura de cristo.
Esse é o universo traduzido pelo artista. "O objetivo é basicamente isso, mostrar como é que eu trabalho, como penso, só que não posso falar isso com palavras, só imagens. Por isso também que não tem trilha sonora. O espectador tem que entrar ali e desvendar sozinho o material, fruto de uma criação solitária", explicou.
Entre as exposições individuais já montadas por Dantas, estão "Cabeça de Cabro" (2011) e "Cabeça Retrato" (2012). Entre as mostras coletivas, "Olaria Ocre (2008)", "Pernambuco Contemporâneo" (2009) e "Lamparina Lampadário" (2011).
Serviço"Adro", de Dantas Suassuna.
Centro Cultural Correios Recife - Av. Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife
Visitação até 25 de novembro
De terça a sexta, das 9h às 18h; sábados e domingos, das 12h às 18h
Entrada gratuita
Mais informações: (81) 3224-5739.
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