terça-feira, 5 de novembro de 2013

Oficina incentiva produção de livros de forma colaborativa

Confeccionar livros associando à literatura, artes plásticas e sustentabilidade através da colaboração entre catadores de papelão e escritores. Pode parecer complicado, mas com criatividade e trabalho coletivo torna-se possível. Foi assim que surgiu o Movimento Cartoneiro, há dez anos, na Argentina, e se espalhou pelo mundo. Com a ideia de difundir as ideias dessa iniciativa, aqui no Recife, a Coordenadoria de Literatura da Fundarpe oferece na próxima quarta-feira (06/11), uma Oficina de Criação de Livros Cartoneiros, no Espaço Pasárgada.

“Queremos possibilitar uma alternativa barata de edição para autores e pequenos editores trabalharem de forma colaborativa”, explica Wellington de Melo, coordenador de Literatura. O projeto chegou a Pernambuco, também através da Secult-PE/Fundarpe, na edição do FIG do ano passado, quando levou o coletivo paulista Dulcinéia Catadora para a cidade e, através da união entre os escritores de Garanhuns e a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável Nova Vida (Asnov), deixou como fruto o selo Severina Catadora. 

A ideia do movimento é simples: o papelão é comprado dos próprios catadores a preços maiores do que os do mercado e, quando transformados em livros, são vendidos a valores módicos. O apurado, por sua vez, é distribuído entre escritores e catadores. Atualmente, existem quase duzentas editoras com propostas semelhantes, sempre buscando fortalecer o viés da economia solidária e atuando na descentralização do comércio do livro.  

A oficina dessa quarta-feira terá duas turmas, sendo uma das 15h às 17h e a outra das 19h às 21h. As inscrições são gratuitas e limitadas. Podem participar escritores, editores, membros de cooperativas de catadores, produtores culturais e leitores. Os interessados devem enviar e-mail para literatura.secultpe@gmail.com ou ligar para 3184.3166.  

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