O Dia Internacional contra a Homofobia é celebrado em 17 de maio. A data
foi escolhida lembrando a exclusão da homossexualidade da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
(CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990,
oficialmente declarada em 1992.
Entre 1948 e 1990, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexualidade como um transtorno
mental. Em 17 de maio de 1990, a assembléia geral da OMS aprovou a
retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação
Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não
constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação
entrou em vigor nos países-membros das Nações Unidas em 1993. Com isso,
marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã
encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e,
por último, como doença.
O que é a homofobia?
Homofobia
caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que
alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas
próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O
termo é usado para descrever uma repulsa pelas relações afetivas e
sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos
homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista (opressão
paralela, que suprime os direitos de lésbicas, gays e bissexuais) e da
discriminação anti-homossexual.
A homofobia se manifesta de
diversas maneiras e em sua forma mais grave resulta em ações de
violência verbal e física, podendo levar até ao assassinato de LGBTs.
Nesses casos, a fobia, essa sim, é uma doença, que pode até ser
involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente
ou inconsciente, por uma pessoa do mesmo sexo. Ao matar a pessoa LGBT, a
pessoa que tem essa fobia procura “matar” a sua própria
homossexualidade. A homofobia também é responsável pelo preconceito e
pela discriminação contra pessoas LGBT, por exemplo no local de
trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde, e na falta de
políticas públicas afirmativas que contemplem LGBT. Os valores
homofóbicos presentes em nossa cultura podem resultar em um fenômeno
chamado homofobia internalizada, através da qual as próprias pessoas
LGBT podem não gostar de si pelo fato de serem homossexuais, devido a
toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito.
Apesar
deste reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da
diversidade sexual, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
(LGBT) ainda sofrem cotidianamente as consequências da homofobia. Para
tanto, o dia 17 de maio, além de relembrar que a homossexualidade não é
doença, tem uma característica de protesto e de denúncia. No mundo
inteiro, há um número crescente de diversos movimentos sociais e
organizações que lutam pelo respeito à diversidade sexual realizando
atividades neste dia.
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