Os garis são os profissionais da limpeza pública que recolhem o lixo das
moradias, edifícios comerciais e residenciais, além de varrer as ruas e
também cuidar da capina da grama. Eventualmente também trabalham no
desentupimento de bocas-de-lobo e na desinfecção de ruas. Têm seu dia
comemorado em 16 de maio.
O nome profissional de GARI é em
homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, primeira pessoa a assinar uma
contrato de Limpeza pública com o Ministério Imperial. , organizando
assim, a partir do dia 11 de outubro de 1876, a remoção de lixo das
casas e praias do Rio de Janeiro. Vencido o contrato em 1891, entrou seu
primo, Luciano Gary. Um ano após, a empresa foi extinta e inaugurada a
Superintendência de Limpeza Pública e Particular da cidade, realizando
um trabalho muito aquém do proposto em termos de limpeza pública.
Os
cariocas, acostumados com a limpeza das ruas após a passagem dos
cavalos, mandavam chamar a turma do Gary. Aos poucos o nome se
generalizou e até hoje são chamados garis.
Para concluir sua tese
de mestrado, o psicólogo social Fernando Braga da Costa, varreu as ruas
da USP, a fim de comprovar a existência da “Invisibilidade Pública”, ou
seja, o trabalhador de rua nada mais é que um ser invisível, tratado
pela população menos que um poste ou um orelhão. Foram oito anos de
experiência diária, por meio turno, compartilhando sujeira, desprezo,
descaso dos transeuntes, tratado como uma máquina invisível de limpar.
O
sociólogo declara haver uma mudança total na sua maneira de pensar e a
seu ver, os garis são tratados de maneira pior que animais de rua; são
tratados como uma "coisa". Às vezes por pressa, falta de sensibilidade
ou educação, deixamos de enxergar e valorizar essas pessoas que fazem um
trabalho importante e essencial para nossa sociedade.
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