sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Política pública de cultura é debatida no Janeiro de Grandes Espetáculos

Fernando Duarte participou do debate prmovido pelo Janeiro de Grandes Espetáculos
Como deve se direcionar a política pública de cultura? Quais são os caminhos possíveis e viáveis de uma gestão cultural em nível estadual e nacional? Quais são os principais obstáculos para o desenvolvimento de políticas específicas para as artes cênicas? Propondo reflexões para essas perguntas, o Secretário de  Cultura de Pernambuco, Fernando Duarte, o ator e diretor mineiro Marcelo Bones e Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Parente de Menezes, debateram, na tarde desta quarta-feira (23). Sobre o tema "O Mercado das Artes Cênicas sob o Olhar das Políticas Públicas de Cultura" o trio integrou a programação das atividades formativas do 19°Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco.



No debate realizado na Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, as leis de incentivo e fomento estiveram em primeiro plano, com visões plurais, mas não antagônicas dos convidados. Se para Bones o fator crucial é o olhar para a arte diferente do olhar para o mercado, para o representante do MinC é necessário retirar o foco da isenção total ou parcial quando o assunto é a Lei Rouanet.

“Esse incentivo fiscal é dinheiro público e seu uso deve ser pensando como todo dinheiro público”, defende Bonnes. “A discussão da Lei Rouanet está sempre centrada nas questão dos 100% ou não de isenção fiscal para os empresários. Mas a gente esquece que esta lei foi pensada como um tripé. Mas o único pé que funciona é o investimento privado”, explica Menezes. Segundo ele, um novo programa que vem sendo elaborado, o Pro-Cultura viria para viabilizar maiores investimentos vindos do Fundo Nacional de Cultura e do Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart).



Coube ao secretário estadual explicar como se estabelece a política pública em Pernambuco, ressaltando os ganhos com os incentivos continuados do Funcultura Independente e a democratização estabelecida pelo Funcultura regionalizado. Além disso, em dialogo direto com os artistas da plateia, alguns deles membros da comissão de artes cênicas, que reúne representantes da sociedade civil, Duarte afirmou: “Estamos em um período de construção e temos muitas coisas para fazer. Devemos considerar as novas praticas culturais para pensar novas perspectivas da cultura”.

A plateia da Caixa Cultural ao final teve espaço para fazer suas considerações. “As pessoas não estão formadas para investir em cultura” disse um. “Há um cansaço generalizado e uma baixa remuneração”, reclamou outro. “O fator é que os empresários é que decidem o que vão fazer com os incentivos, quando na verdade é um dinheiro público”, afirmou um terceiro, se referindo mais uma vez à lLei Rouanet.

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