O dia 5 de janeiro é oficialmente a data em que a primeira tipografia
entrou em execução no Brasil. Porém, segundo registros, um opúsculo (uma
pequena obra, quase um folheto), de título Brasilsche Gelt-Sack, teria
sido impresso em Recife, em 1634. A ação, porém, foi feita na
clandestinidade já que na época imprimir qualquer texto constituía um
delito grave. A proibição dessa atividade estava ligada à própria
repressão da manifestação livre do pensamento.
O primeiro produto
gráfico a circular no Brasil, o Correio Braziliense, era impresso em
Londres e entrava clandestinamente no Brasil. Ele circularia até 1822,
completando 175 edições.
Com a vinda de D. João VI e da família
Real Portuguesa, houve grande mobilização na colônia para abrigar a
corte portuguesa. É de 1808 o alvará que pôs em funcionamento o Banco do
Brasil para a monarquia poder movimentar recursos para se manter. Os
portos brasileiros foram abertos e surgiu a Biblioteca Real (futura
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro). Até então, fábricas eram
proibidas na colônia. D. João assinou o alvará permitindo que fábricas
pudessem funcionar. Foi então fundada, no Rio de Janeiro, em 5 de
janeiro, a "Imprensa Régia". Nesse momento a informação começaria a
circular, a princípio nas mãos da corte. Logo viria o primeiro jornal,
"A Gazeta do Rio de Janeiro", divulgando toda a informação oficial.
O que é tipografia
Duas
invenções chinesas revolucionaram a história da impressão: o papel e a
xilogravura (ou também xilografia), a fase de impressão anterior à
tipografia, que consistia em imprimir imagens e textos por meio de
pranchas de madeira gravadas em relevo. Seu emprego na Europa começou no
século XV, com a ilustração de cartas de baralho e manuscritos de
origem religiosa.
A
tipografia veio logo a seguir, também usando o mesmo método de
impressão em relevo. Enquanto na xilotipia os caracteres ficavam presos a
um bloco de madeira (como num carimbo fixo), na tipografia as letras
são soltas, podendo ser trocadas e reutilizadas à vontade.

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