O
Senado Federal é o permanente guardião da unidade, da integração e da
soberania do povo brasileiro, com a responsabilidade de preservar a
Federação, a harmonia entre os estados e a união de todos os
brasileiros.
Foi em Roma que o Senado, ou Senatus, se constituiu assembléia
permanente, tornando-se a mais alta autoridade do Estado. Nesse período,
o Senado romano assessorava e fiscalizava as autoridades executivas,
controlava o Judiciário, as finanças públicas, as questões religiosas e,
sobretudo, dirigia a política externa, até militarmente.
O Senado brasileiro derivou inicialmente do sistema municipal português.
Cidades como São Luís e Olinda já dispunham de seus Senados, com
bastante autonomia para deliberarem sobre assuntos locais ou mesmo para
levantarem revoltas contra a Coroa. Assim, eram freqüentes as desavenças
entre os senadores de câmara, representantes da aristocracia rural e do
povo, e os governadores das capitanias, representantes da Coroa
portuguesa.
Com a Independência do Brasil, a Constituição outorgada de 1824 definiu o
Brasil como uma monarquia centralista, hereditária e estabeleceu os
Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. O Poder
Moderador era exercido pelo imperador que tinha todo o poder para
sancionar ou vetar os projetos de lei. O Poder Legislativo era delegado à
Assembléia-Geral, composta pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, com
a sanção do imperador. Assim nasceu o Senado brasileiro, fortemente
influenciado pela cultura greco-romana. O cargo de senador era
vitalício, indicado diretamente pelo imperador, fato que causou uma
série de protestos por parte da elite intelectual brasileira.
A Constituição brasileira determina que cada estado e o Distrito Federal
elejam três senadores, com mandato de oito anos. Cada um será eleito
com dois suplentes. Atualmente, eles são eleitos por voto direto,
tornando-se legítimos representantes do povo.

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