![]() |
Dominguinhos (Foto: Thomás Alves/Da TV Asa Branca) |
Ele lembra com detalhes o dia em que foi consagrado como herdeiro artístico de Luiz Gonzaga. “Eu tinha 16 anos e ele estava numa gravação. Foi quando me chamou e fez o anúncio. A imprensa estava presente. Ele disse na frente de todos que eu, após troca de experiência como discípulo, era, a partir daquele momento, o herdeiro cultural do Gonzagão. Para mim, foi a maior emoção. Naquele momento, ele disse tudo o que esperava de mim. Com o passar do tempo, não sei se levei a sério, mas, pelo menos, sou fiel a ele e sei tocar sanfona”, brinca Dominguinhos.
No fim do ano passado, ele lançou “O iluminado”, que foi gravado no Rio de Janeiro. O CD e o DVD contaram com a participação de Gilberto Gil, Cezzinha, Elba Ramalho e outros artistas. Sobre a obra, Dominguinhos se diverte. “É um disco belíssimo. O trabalho ficou muito bom e, por isso, por aí, ele está caro que só o ‘diabo’”.
“Agora, no centenário de Luiz Gonzaga, Caruaru vibra em homenagem ao forró clássico original. Lógico, eu aprecio muito isso. Só espero que essa tradição nunca se apague. Não é apenas pelo fato da homenagem que devemos chamegar com o bom e velho pé-de-serra. Gonzaga tem que ser lembrado sempre. Graças a ele, toda essa festa existe. Se a prefeitura vai pagar bem ou mal aos sanfoneiros, eu não sei. O importante é que eles estejam lá. O importante é que os sanfoneiros não percam a oportunidade de celebrar juntos”.
Caruaru é parte do currículo de Dominguinhos. Mesmo antes da criação do pátio de eventos, que é o polo principal do São João. Mesmo sendo tão assíduo na cidade, o público, na verdade , já estava com saudade dele. Isso porque ele não se apresentou na festa junina do ano passado. “Não foi o meu medo de avião, eu lhe garanto”, satirizou. “Na verdade, não sei bem porque fiquei de fora da programação. No entanto, minha filha tocou e foi ótimo pra mim”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário